segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Diamantina - Festival de Gastronomia 2012



Ouro Preto tem a sua importância, Tiradentes tem seu charme, mas hoje em dia é Diamantina que está conseguindo ter as duas coisas juntas. E muito mais. 
Na verdade não tem nem muito jeito de ficar comparando lugares, pois cada um tem suas vantagens. Mas o fato é que Diamantina tem se destacado cada vez mais na nossa opinião. 
Além do valor histórico e cultural, das atrações naturais fora da cidade e da região belíssima, é um lugar que tem uma identidade cultural forte, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.
E nada melhor do que um Festival de Gastronomia pra juntar tudo isso na panela, o que ocorreu no mês passado, pra deixar a cidade mais gostosa ainda.




Catedral imponente

290km de estrada boa saindo de BH. Boa e bonita:


3 horas e meia de viagem
Centro histórico bem cuidado. E recheado de coisa boa de beber e comer:


Beco da Tecla
11 restaurantes e bares participando do festival, que esse ano teve o Clube da Esquina como tema, dando inspiração aos pratos e aos palcos.
Na primeira noite o CASAL foi ao "Gringos", mistura interessante de bar - café - restaurante, bem ao lado da catedral:





O nome do bar é por conta do dono, o finlândês Olli Olsonius, que não quer saber de trocar o calor humano do vale pelo seu país gelado nunca mais. O estilo do cardápio é bem interessante. Tem a maior carta de cervejas da cidade (mais de 60 tipos e de vários países) e comida no estilo mais alemão, digamos. Salsichões, defumados, molhos e acompanhamentos ideais pra harmonizar com o tanto de cerveja boa do cardápio.

Mas fomos direto para o menu do festival, começando com uma entrada deliciosa de duo de queijos do serro, com geléia de cebola roxa feita com cerveja Erdinger Urweisse:




O principal foi o "polpetone de carnes ao queijo emmental, tagliatelli ao molho de cerveja lager 1795, maçã verde e funcho", delicioso também. Leve e ao mesmo tempo com muito sabor:



E de sobremesa um bolo de chocolate belga com cerveja Paulistânia escura:


O menu completo saiu a R$49 por pessoa

Dia seguinte, passeio na imperdível Gruta do Salitre, que tem até pé de jabuticaba produzindo:








Passada no Curralinho:




E banho na sossegada barragem:







Como ocorrem em todas as sextas feiras do ano, o melhor programa noturno é ir ao Mercado, onde são montadas barracas de comidas típicas e bebidas, espalham as mesas pelo centro e sempre tem atrações musicais. Desfrutar de um local com tanta história é um grande privilégio, e os momentos lá dentro permitem longas viagens no tempo.
Se uma extremidade da Estrada Real é o mar, a outra é o Mercado dos Tropeiros de Diamantina:






No antigo mercado dos Tropeiros,
FEIJÃO TROPEIRO.
Como o tema do festival era o Clube da Esquina, não faltaram homenagens dos ótimos músicos que participaram da festa:

Celso Moreira e Chico Amaral

Beto Lopes e Wilson Lopes

Sábado de manhã - também durante todo o ano - é dia de feira de pequenos produtores, mais uma vez no Mercado. Ótimo exemplo para outras cidades de como se aproveitar e valorizar um espaço público:





Broto de samambaia em conserva e pimentas de fazer chorar

Fora do Mercado, simpático casal da roça ensinando os truques
para acabar com o amargor do broto de samambaia.
Sustento tirado da agricultura familiar
As "sempre vivas" tomam conta do artesanato da região, uma mais linda do que a outra:


Na terceira noite, depois do show no Mercado, jantar em outro participante do festival, um lugar bem interessante no Beco da Tecla, a "Livraria Espaço B Café". Mesas entre livros:






Menu do festival com uma entrada muito bacana, feita com pães de queijo e recheios diferentes (carne de sol, linguiça, queijo e deliciosa pasta de taioba):



De principal, um ragu de rabada muito bom, que ainda vinha com uma belo e suculento pedaço de rabada, acompanhado de nhoque de mandioca com quiabos salteados:



E pra fechar a seção gastronomia, parada obrigatória nas bancas na beira da estrada na volta pra BH, pra comprar pimenta e fruta fresca do cerrado, como a mangaba, que muita gente nem sabe o que é (e o que tá perdendo):





A mangaba é a fruta menor. Faz um suco indescritível.

Pra hospedar em Diamantina tem muita opção boa, mas se quiser ficar fora da cidade, em uma área de preservação ambiental e acesso fácil (próximo do Cruzeiro e Caminho dos Escravos - 10 minutos de carro do centro) a Pousada Diamond (http://www.pousadadiamond.com.br/) é imperdível:





Área pertencente à pousada
Sair pra catar "sempre viva" e achar essa cachoeira e o arco-iris
 "lambendo" a serra foi um presente e tanto da natureza.
Diamantina é um lugar muito especial e as coisas parecem estar indo no caminho certo: turismo  mais organizado e valorização da cultura e produtos locais, principalmente através desse Festival de Gastronomia, que só tende a ficar melhor, para todos. Ano que vem tamo lá!!!



12 comentários:

  1. Nossa Cacau deu super vontade de ir!! Já vou colocar na minha agenda do no que vem!! abraços e valeu!

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  2. Muito bom msm cacauina, parabens, fiquei com muita vontade de visitar essa cidade!

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  3. Que bom que gostou, Angel! Agora só falta subir pro "Tejuco"! ABraço!

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  4. Maravilha Cacau! Bora armar uma "aventura gastronomica" em outras bandas também...

    Abs,

    Rafa Deslandes

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  5. Nobre Casal Gastrô, o que vcs fizeram foi judiação. Vcs retrataram (mais uma vez) nossa mineiridade de uma forma, que não dá pra ver sem sentir vontade de viver. Isso ai é o mapa da mina!!!

    Parabéns pelo gosto espetacular e simplicidade.

    Grande abraço!

    Bruno Santos.

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  6. Muito obrigado pelas palavas, Bruno! Parabéns é para essa nossa terra mesmo! ABração!

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  7. Parabéns Amana,o blog está lindo! Delicioso de ler!Fiquei com vontade de conhecer Diamantina.
    beijos

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  8. Obrigada Fernanda!Bom demais saber que vc está curtindo nosso blog!
    Não deixe de conhecer Diamantina, vc vai adorar!
    beijos

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  9. Cacau,
    Parabéns pelo post.
    Ótimo texto e belíssimas fotos.
    Abraço,
    César

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  10. Que bom que gostou, César!
    O casal agradece!
    Grande abraço!

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