domingo, 21 de dezembro de 2014

MERCADO CENTRAL DE BELO HORIZONTE - GUIA, INFORMAÇÕES E DICAS PRECIOSAS


Se Belo Horizonte é uma das capitais mais "cosmopolitas" em relação ao seu estado, com forte povoamento e relação com todos os cantos do seu interior, o Mercado Central da cidade é uma prova viva disso. É um resumo de um estado (que parece um país), dentro de um quarteirão do centro da cidade.

É botar os pés lá dentro e se sentir ao mesmo tempo em todos as grotas das muitas minas gerais. Do sul dos cafés ao norte das cachaças, passando pelos queijos, doces, carnes, verduras e artesanato do meio do caminho. Ao mesmo tempo tudo misturado na mesma panela e servido com uma hospitalidade e orgulho únicos. Não há como não se encantar.


85 anos de história, umas 500 lojas e uma boa chance de se perder nos seus cantos e corredores em forma de cebola. Mas se perdendo lá dentro é que você se encontra no lugar.

No meio de tanta coisa interessante, separamos algumas delas, entre as lojas e coisas que mais consumimos e aproveitamos.

Começando, claro, pelos queijos: são muitas opções, com um predomínio maior dos ditos como da Serra da Canastra. A Loja do Itamar é um dos lugares interessantes, haja vista a variedade de queijos mineiros, inclusive dos produtores mais badalados e disputados do momento (Zé Mário, Valtinho, Miguel, João Melo, etc).


Não compare o preço desses queijos com um queijo comum.
Pense em um queijo fino, diferenciado, para degustar em
determinadas ocasiões. 
Gostamos muito do queijo do Serro do produtor Taco, de preço intermediário, ótima textura e sabor. Um queijo muito bem feito e enformado.

Se quiser uma versão mais fresca, peça para
pegar no resfriador. 
Requeijão "de rapa" é outra iguaria imperdível do mercado.

As rapas que formam no tacho são incorporadas
no requeijão. É a melhor parte.
Depois de comprar o queijo o próximo passo é comprar o doce. E, se for o de leite, o Viçosa é incontestável. Doce muito bom que começou a ser feito na UFV (Universidade Federal de Viçosa) e acabou ganhando o comércio e o estado todo, virando um queridinho dos mineiros.

E olha que o que mais tem em Minas é doce de leite bom.
Muito mais que no Uruguai.
Se "minas são muitas", cachaças também. Uma boa loja, bem sortida, é a Cachaça de Minas (esquina de Augusto de Lima com Sta. Catarina). No meio de tanta cachaça boa, logo pensamos na Jacuba (Coronel Xavier Chaves). E depois na Dedo de Prosa (Piranguinho), Cristalina do Picão (Martinho Campos), Rainha dos Pedrões (São Gonçalo do Abaeté), etc, etc, etc...


A branca (prata) é a que mais gostamos.
Cachaça quando é boa não precisa de muita madeira nem cor.
Cachaça nos leva a comprar em seguida o porco, o cachaço, o bicho símbolo da cozinha mineira. No mesmo corredor (Augusto de Lima), tem e Feijoada de Minas, bem tradicional e com bastante coisa boa: pertences de feijoada, defumados, linguiças, leitoa, frango caipira, carneiro, picanha uruguaia e tal. Não atoa que o Claude Troisgos já gravou um "Que marravilha" que começou por lá.

Defumados de formiga, aliás, de porco, da cidade de Formiga.
Alguns passos à frente, dobrando a esquina das verduras à esquerda (depois de comprar uma delas pra refogar) tem o Rei do Fubá, de uma figura das mais antigas do mercado, o Sô Amorim. Além do fubá bacana da sua cidade de Moeda (pertinho de BH), tem uma farinha de mandioca muito boa, ligeiramente flocada, de Perdizes (Alto Paranaíba).

Até outro dia a balança era daquelas antigas e
os produtos ficavam em enormes sacos.
Outra figura das mais antigas também (mais de meio século de mercado), fica na esquina adiante, outro rei, o Sô Percy do Alho, que trabalha junto com seu filho gente boa Cláudio. Alho mineiro de qualidade e cebola roxa não podem faltar no embornal.

Alho e cebola também em réstia, que ainda
enfeitam a cozinha.
Ainda no mesmo corredor, a única mercearia remanescente - a Santo Antônio - tem um sortimento bacana de feijões, ainda à granel.


Destaque para um feijão especialíssimo, não muito conhecido, raro de encontrar nos dias de hoje e delicioso: o feijão rapé. Como ainda tem uma textura muito boa quando cozido, é perfeito para fazer nosso querido feijão tropeiro.

Lindo feijão.
Outros produtos menos usuais interessantes ficam numa banquinha sem placa no mesmo corredor: feijão andú fresco, chuchu de vento (maxixe fofo), mamão verde pra refogar, fava, jurubeba.


Passando pro corredor de dentro, parada pra comprar a mandioca e a manteiga de garrafa na banca do Carlos.

Manteiga de garrafa substitui deliciosamente
a manteiga normal no dia a dia, pra quase tudo.
Ao lado, o insubstituível limão capeta, que também não pode faltar na nossa cozinha.

É a fruta que mais tem nomes diferentes: capeta, galego, vermelho, rosa,
do rio, de moça, cravo, mixirica capeta...
Falando em limão, a melhor forma de matar a sede no Mercado Central é na Tradicional Limonada, de outro decano do mercado, Sô Gabriel, que faz limonada na mão desde 1948. O blog Baixa Gastronomia fez uma postagem sobre lá (clique aqui).

Antônio, filho do Sô Gabriel.
Loja reformada recentemente.
Temperos e especiarias é o que não faltam na Banca Santo Antônio, que também vende bacalhau, azeitonas, castanhas e artigos culinários importados.


Se não conhece ainda, aproveite pra levar um punhado de pimenta de macaco (ou "de árvore", "de pau"), essa especiaria nossa que dá em árvore, com aroma que lembra a do reino, ideal para marinadas e molhos.

Grãos graúdos e duros
A pimenta com certeza é outro símbolo da nossa gastronomia, e é encontrada in natura com uma variedade boa no Paraíso das Pimentas (Augusto de Lima com Curitiba)

A Bahia leva a fama das pimentas, mas não sei não...
Frutas mais exóticas e de época, como a deliciosa mangaba do Vale do Jequitinhonha, costumam aparecer no Empório Indaiá (esquina Augusto de Lima com Sta. Catarina).


Para cozinhar tudo isso, panela é o que não falta. Principalmente as típicas mineiras, de ferro fundido e pedra sabão, além dos tachos de cobre, discos de arado, chapas e tudo quanto há de utensílios. Frequentamos muito a Loja do Nem (outro comerciante antigo de lá), principalmente a que é comandada pela sua filha Aléxia e seu marido Júnior, casal simpático e atencioso do mercado.

A segunda loja fica atrás da loteria.
Parada boa pro café pode ser no tradicional Comercial Sabiá, que além dos canivetes, facas e isqueiros pra ficar namorando na vitrine, ainda tem um café bom, pão de queijo com pernil e broinha de fubá de primeira.


Enquanto bebe o café, aproveite pra pedir pra embalar (e verificar na luz) sua dúzia de ovo caipira na loja ao lado, que vale cada centavo a mais do que os ovos sem graça de granja. O preço pode variar de acordo com o humor das galinhas.

Na Loja do Itamar (dos queijos), também se compra
ovo caipira, direto da roça dele, às vezes mais barato.
Lanche interessante também pode ser no Sabores & Ideias, que tem pão com linguiça (da Beth de Paraopeba), pão de queijo com carne seca e queijo coalho, tortas caseiras e refrigerantes diferentes de todo o Brasil.

Já viu refrigerante de abacate? Lá tem o
"Abacatinho", da zona da mata mineira
Opção de lanche deliciosa fica lá dentro do Empório Árabe D'hana, comandando pela Dona Hana, outra figura do mercado. O quibe é muito bom, assim como as pastas árabes pra levar pra casa, junto com os diversos itens típicos do empório.

Lá é tão típico que antigamente já teve
manequim na vitrine com camisa do Hezbollah!!!
Se a fome for pra almoço, o Restaurante do Jorge Americano certamente é a comida mais caseira do mercado. Deliciosa. Já até fizemos uma postagem há mais tempo sobre lá com mais detalhes (clique aqui), falando inclusive da feijoada de sextas e sábados.

Mesas democráticas e limonada suíça muito boa. O "Americano" é
do futebol, do América Mineiro, não do país.
A textura e o brilho do caldo é o cartão de visita duma feijoada.
Caldo ralo, sem vida, e feijões perdidos são um péssimo sinal.


O Casa Cheia, que funciona como bar e restaurante, é outra referência do mercado, com destaque para os tira-gostos premiados no festival Comida di Buteco, que também funcionam como pratos. Ele fica no corredor do artesanato, suspenso em relação ao resto do mercado.

Na "foto", a Dona Maria, precursora da casa tocada pela família.

Caixotes bacanas e artesanato de tear de
Resende Costa-MG.
Mas depois da andança boa o que não falta é vontade de "tirar a poeira da goela" com uma cerveja gelada. Que por sua vez pede pra "tirar um gosto" com os tradicionais petiscos de chapa, como o famoso fígado de boi acebolado com jiló, receita símbolo do Mercado Central. Combinação perfeita!

Foto Alessandra Blanco, site da Vogue Brasil
O sabor (pra não dizer "sujeira") acumulado na chapa é o grande diferencial
dos tira-gostos do mercado. Em casa nunca ficará igual.


A maioria dos bares têm a peculiaridade de ficarem espremidos em um beco entre corredores, somente com um balcão democraticamente compartilhado. Todos bebendo em pé e, aos finais de semana, de forma bem concorrida. Quem tiver afim de um chope artesanal da cervejaria mineira Backer, o Butiquim do Antônio é o lugar (entrada Augusto de Lima):

Movimento de um dia comum durante a semana, momento perfeito
de visita ao mercado. Aos sábados e domingos ficam bem mais cheios.
Um buteco bacana também, fora dos becos (ao lado da peixaria), é o Rei do Torresmo, com sua estufa sortida de torresminhos e torresmões (veja na 2ª foto dessa postagem).

Antes de ir embora, uma coisa que pode parecer estranha, mas para nós não é: dar uma passada na Tabacaria Arapiraca só pra sentir o aroma da loja (e eventualmente comprar um palmo de fumo pro cigarro de palha). A mistura do cheiro dos vários tipos de rolos de fumo com as pimentas, o café moído na hora e os alhos descascados que ficam no balcão forma um cheiro especial e único.

Cheiro vivo que limpa a alma.
Certamente o Mercado Central dá pano pra muitas outras mangas e postagens, mas com essas referências aí já dá pra aproveitar um bocado desse paraíso mineiro que encanta o mundo.

Ao contrário dos supermercados, a proximidade com os ingredientes e produtos, os laços criados com os vendedores e a possibilidade de provar e pechinchar tornam as compras no mercado muito mais prazerosas, justas e ideais.

Viva o Mercado Central! Viva Minas Gerais!


Serviço: 
Funcionamento de segunda a sábado de 7h às 18h, domingo e feriados de 7h às 13h.
Se estiver nos bares antes de fechar eles ficam abertos por mais uma hora.
Tem um amplo estacionamento no piso superior.
Mais informações, fotos, mapa, história: http://www.mercadocentral.com.br/
























VOLTANDO A MOVIMENTAR O BLOG!

Depois de um longo período sem acender as trempes do nosso blog, estamos de volta.

A falta de tempo, a chegada da cria nova, etc, nos deixaram um pouco longe das postagens, apesar de que nossa página no facebook (www.facebook.com/CasalGastro) continua bem movimentada.

Voltamos com uma postagem que já queríamos ter feito há muito tempo. Uma postagem especial sobre um lugar especial, o Mercado Central de Belo Horizonte, nosso cantinho preferido da cidade. Um mini guia, com informações e dicas preciosas, não só para quem não conhece o lugar.

Viva o Mercado Central!


quinta-feira, 17 de abril de 2014

XOCOATL!

Esse era  o nome original do chocolate,  que foi descoberto pelos povos Astecas, que inicialmente bebiam o  ao invés de comê-lo. Xoco-atl = água amarga. Nesse mês de páscoa esse foi o tema da nossa coluna de gastronomia, clique aqui para ler no site.

A receita simples e até boba - tipo um chocolate quente - é uma homenagem a esses povos antigos que tomavam o chocolate,  ótima pedida pra aproveitar o friozinho que vem chegando. Caso não queira, é só não colocar a bebida alcoólica.

Basta aquecer uma xícara de leite com um pedaço de canela em pau, três cravos da índia e um pedaço de casca de laranja (sem a parte branca, pra não amargar).
Coloque numa xícara  uma golada de cachaça envelhecida ou vinho do porto (fica ótimo também!) e depois despeje o leite aromatizado aquecido (sem as especiarias).
Por fim, adicione um pedaço de chocolate, que pode ser espetado em um palito de fondue aquecido no fogo, ideal pra misturar até derreter e pronto.

O ideal é usar um chocolate amargo ou meio amargo, apesar de que usamos um ao leite (batom), já que estamos no mato e não achamos outra opção. Nesse caso pode usar um pedaço maior (2 batons) pra dar mais sabor de chocolate:



Xocoatl

    //    Jornal das Lajes - Resende Costa-MG

Chocolate. Para os astecas antigos, era o nome da bebida feita com cacau torrado, água e especiarias, bem forte e margosa (xoco-atl = água amarga). O conquistador espanhol Hernán Cortés, quando chegou à região do México onde viviam os astecas - antes de dizimá-los covardemente - escreveu ao rei da Espanha dizendo que “a bebida divina à base de chocolate dá força e combate a fadiga. Uma chávena deste delicioso chocolate permite que um homem ande todo o dia sem comer.” O tempo e as formas do chocolate mudaram, mas até hoje ele continua sendo coisa dos deuses.
Como sempre na história das comidas, existem muitas imprecisões de registros, mas sabe-se que o cacau foi descoberto e cultivado na nossa América Latina, mais especificamente na central, a partir de 3.000 a. C. Mais um ingrediente importante do mundo brotado do nosso quintal americano, depois da batata, do milho, do tomate... A Espanha foi a porta de entrada do cacau na Europa, que depois se espalhou para países como a Bélgica e a Suíça, que se tornaram referência de chocolate de qualidade no mundo.
O processo de fabricação não é simples e começa com a fermentação das sementes do fruto, que depois serão secas em terraços, separadas por qualidade e torradas. Em seguida as descascam para tirar o cerne, que será triturado, formando uma massa, à qual pode ser adicionado açúcar (para o chocolate preto) e também leite (para o chocolate ao leite). Por fim, vão para os moldes e pronto. Ah, o chocolate branco é diferente, pois é feito com a manteiga de cacau e, por isso, não é considerado tecnicamente como chocolate (mas é bom demais!).
Em contrapartida, o tipo amargo é o mais puro de todos, uma vez que possui maior porcentagem de cacau. Algumas marcas importadas e que exploram mais esse universo do chocolate chegam a ter tipos com porcentagens altíssimas, que deixam o gosto até meio salgado. Coisa que o nosso paladar brasileiro ainda não está acostumado, mas vale a pena insistir. Amargor é questão de costume (que o diga a cerveja). Depois vem a recompensa com o prazer da degustação e os demais benefícios do chocolate amargo para a saúde: além de ter menos açúcar, ainda possui propriedades que os outros não têm.
Aliás, hoje em dia, o que mais temos à nossa volta são chocolates, muitos deles bem baratos, um estímulo e tanto para o consumo. Já na questão qualidade... haja “parafina  com açúcar”. O onipresente Nescau, por exemplo, tem nada mais nada menos do que 80% de açúcar! Ou seja, é quase um pote de açúcar que você está comprando (e caro) para seu filho beber. Boa alternativa é a substituição pelo chocolate em pó, misturado com um pouco de canela e açúcar mascavo.
O que também tem assustado ultimamente é a Páscoa - e seus ovos a preço de ouro. Os supermercados desmontam a estrutura do Natal e já montam a da Páscoa em seguida, uma armadilha de consumo das boas. Aí aproveitam para quadruplicar o preço do produto e, quando se vê, já nem sabemos mais o que significa a Páscoa de verdade.
Tudo isso causa certa depressão e falta de estímulo nesse mundo “moderno”, mas ainda bem que temos o chocolate, excelente antidepressivo e estimulante. Para combater a TPM das mulheres então, ótima arma que os homens podem usar. 
Particularmente me sinto lisonjeado com o “apelido-nome” que meus pais me deram antes mesmo de vir ao mundo, o de Cacau. Muitos nem sabem o meu nome de documento. Às vezes nem eu. E acredito que meus pais não saibam que meu nascimento - que era para ser em maio, mas foi em abril – coincidiu certinho com os dois meses em que ocorre a colheita (abril e maio). Mas até agora não virei chocolate.

terça-feira, 18 de março de 2014

HAMBÚRGUER COM BATATA FRITA (tudo feito no forno!) E BARBECUE DE CEBOLA COM CERVEJA ESCURA

Ainda um bocado afastados do blog, porém mais presentes na nossa página do facebbok (curta lá: www.facebook.com/CasalGastro), viemos pra trazer uma sugestão de preparo mais saudável pra essa "bobagem" que muitos adoram, em especial crianças e adolescentes (e nós!).

Essa receita é a prova de que podemos sim ter uma alimentação saudável e ao mesmo tempo saborosa e que nos dê muito prazer. Basta ter certos cuidados e alterar alguns costumes. Somos contra o radicalismo dos extremos e sugerimos uma lida rápida na coluna de gastronomia desse mês, que tratou desse assunto tão importante em nossas vidas que é a questão da alimentação ("Você é o que você come": clique AQUI)

Preparar hambúrguer e batata frita no forno, além de ser mais saudável e fazer bem menos bagunça na cozinha, também nos mostra como podemos usar muito mais o forno do que de fato usamos, para vários tipos de alimentos. E com um resultado final excelente.

Ingredientes:
(porção para 5 pessoas)

1kg de carne moída;
10 batatas médias;
Azeite, sal, pimenta do reino moída na hora e páprica picante.

Para o molho:
1 cebola grande cortada em tiras;
1/2 lata de caracu (a outra metade é do cozinheiro!);
1 xícara de chá de molho barbecue pronto;

Preparo:

Para o hambúrguer utilizamos dessa vez o músculo, carne muito saborosa e de baixo custo. A dica é escolher uma pedaço magro e limpo, pedindo para o açougueiro moer 3 ou 4 vezes. Costumamos comprar uma quantidade maior pra congelar e ter sempre à mão os hambúrgueres (e almôndegas também).

Prefira sempre as carnes moídas na hora
Tempere a carne com um pouco de azeite, sal e pimenta do reino moída na hora. Misture bem, apertando a carne com as mãos para ajudar a dar liga, formando tipo uma massa.
Modele com as mãos as bolotas e depois achate para ter o formado desejado do hambúrguer.
Se não for preparar na hora leve para geladeira.

Lave muito bem as batatas pois iremos usá-las com casca. Além de ficarem mais gostosas, evita o trabalho de descascar e ainda fica mais nutritiva.
Seque bem e corte ao meio no sentido do comprimento. Depois corte novamente em tiras não muito finas.
No próprio tabuleiro que irá ao fogo, tempere as batatas com azeite, sal e páprica picante. Além da cor, essa páprica vai dar um sabor todo especial à batata.

Só lembrando que a páprica nada mais é do que o pimentão em pó
Esquente previamente o forno na temperatura máxima e coloque o tabuleiro com as batatas pra assar primeiro. Depois de 15 minutos coloque os hambúrgueres pincelados com azeite.
Asse por mais uns 25 minutos, ou até o ponto desejado. Se tiver a função grill, dê uma "sapecada" final nas batatas se quiser.
Pra economizar vasilha e trabalho, utilizamos um tabuleiro só, forrando o fundo e fazendo uma divisória com papel alumínio.


Veja só como ficam as batatas, parecendo fritas rústicas:

A batata pode ser cortada em forma de palito, mas assim ela
pega mais o tempero

Barbecue de cebola com cerveja escura

Refogue a cebola em tiras em fogo baixo, até começar a caramelizar. Se quiser o molho mais adocicado, pingue umas gotas de mel antes. Coloque uma golada de cerveja escura, raspe o fundo com a colher e depois adicione o molho barbecue.
Deixe apurar até ficar com consistência mais firme.

Esses pedacinhos vermelhos aí são de um resto de salaminho,
que usamos pra dar mais sabor e não desperdiçar
Serviço:

Nosso sanduíche preferido costuma ter, além do pão, apenas o hambúrguer, queijo derretido por cima dele (basta colocá-lo ao final no forno), esse molho de cebola, alface e tomate. Uma mostarda forte passada no pão também combina legal.



Mas ás vezes também gostamos de fazer tipo um "PF", pra comer de garfo e faca e excluindo o pão, até porque as batatas já fazem deliciosamente o papel do carboidrato.


Aproveitem o forno, botem a criançada pra ajudar a preparar e bão apetit!