Receita inspirada na nossa Coluna de Gastronomia do Jornal das Lajes (Resende Costa-MG): "Entra, vamo tomá um café!": (Clique aqui para ler)
Ingredientes:
1 frango caipira
2 colheres de sopa de essência de baunilha ou avelã.
200g de manteiga amolecida (fizemos com manteiga de garrafa e ficou ótimo)
Papel alumínio
Para o molho de café:
250 mL de café forte
1 colher de sopa de manteiga
1 colher de sopa rasa de farinha de trigo
1 colher de sopa de vinagre balsâmico
1 colher de chá de mel
3 colheres de sopa de creme de leite.
Modo de preparo:
- Em uma tigela misture a essência com a manteiga.
- Corte o frango nas juntas, separando as sobrecoxas, coxas e o peito. (Você pode fazer também só com as partes que mais gosta, comprar só coxas por exemplo).
- Levante cuidadosamente a pele do frango e adicione a manteiga aromatizada delicadamente. Retorne a pele e, em seguida, aperte suavemente para espalhar a manteiga.
- Corte retângulos papel alumínio. Um para cada parte do frango.
- Coloque uma colher de sopa da manteiga no centro de cada folha de papel alumínio.
- Coloque cada parte do frango em uma folha de alumínio e feche bem.
Deixe o "pé" da coxa de fora. |
- Coloque em uma assadeira e leve ao forno (pré aquecido) por 1 hora a 180 ° C .
- Retire cada frango do papel alumínio com cuidado para não se queimar.
- Volte o frango para o forno para dourar na temperatura máxima ou então na função grill (se seu forno tiver).
Para fazer o molho de café:
- Adicione uma colher de manteiga em uma frigideira. Acrescente a farinha, misture até formar uma pasta.
- Acrescente o café, o mel, vinagre balsâmico e, se gostar, gotinhas de pimenta.
- Mexa bastante até adquirir um molho espesso e adicione o creme de leite.
- Prove e tempere com sal e pimenta do reino moída na hora.
- Você pode servir esse frango com uma farofa de quiabo, com purê de batata baroa (ou abóbora), ou com o tradicional arroz branco.
- Lembre-se que café é naturalmente amargo, então esse molho terá um toque de amargor natural. Se achar forte, adicione mais mel e creme de leite.
Frango ao molho de café com farofa de quiabo. |
Frango ao molho de café com purê de batata baroa. |
Algumas dicas cafeeiras do CASAL GASTRÔ:
- Sempre que for comprar café do tipo arábica, espécie que resulta em bebidas mais aromáticas e equilibradas,escolha entre as categorias gourmet e especial.
- Prefira embalagens a vácuo, elas protegem mais as características do café.
- Procure embalagens menores, café gostoso é café novinho.
- Não ferva a água para fazer o café, desligue o fogo antes disso. A temperatura muito alta irá "queimar" algumas propriedades do café.
- Não coloque açúcar na água da fervura e procure apreciar o café cada vez mais com menos doce, principalmente os especiais.
- Prove novas regiões e valorize embalagens que possuem informações sobre o local de produção e características da bebida.
- Existem 2 selos que certificam a qualidade: o Qualidade ABIC (são divididos em 3: tradicional, superior e gourmet, esse último usando melhores grãos) e o Brazil Specialty Coffee Association.
- Para conservar melhor o café, guarde na geladeira.
- Aos poucos vá diminuindo a quantidade de açúcar que coloca na bebida, assim você poderá apreciar a qualidade do grão com mais facilidade.
- E o mais importante de tudo, assim como a cerveja e o vinho, café bom é aquele que você gosta.
Para as pessoas que gostam de fazer “turismo gastronômico”, o CASAL GASTRÔ indica a Primata Turismo & Aventura, que oferece 2 rotas de viagens partindo do sul de minas:
- Café Especial – Cristina e Carmo de Minas / MG. O roteiro inclui: visita nas fazendas produtoras, passeio nos cafezais, degustações, etc. Duração de 2 dias.
Para saber mais sobre esse passeio click no link abaixo:
- Cafés do Brasil - da história aos sabores. Um roteiro que une os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, que tem como principal elemento o café aliado a cultura da região, como muita história, paisagens e sabores inesquecíveis. Duração de 6 dias.
Maiores Informações:
agencia@primataonline.com.br
35 36220189/36222481
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Entra, vamo tomá um café?!
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Essa é uma das frases mais ditas no cotidiano das roças, cidades mineiras e também Brasil afora. Prova da presença e importância dessa bebida em nossas vidas. Na casa mais rica ou mais pobre, o café tornou-se item indispensável, seja para alimentar, acordar ou servir à visita. Além de dar prazer, prevenir doenças e movimentar a economia mundial com bilhões de dólares.
Tudo isso graças às cabras da Etiópia, no nordeste da África, que foram as descobridoras desse tesouro. De acordo com a famosa lenda de Khaldi, por volta do ano 500 d.C., os criadores de cabra da região começaram a perceber que elas ficavam mais ativas e espertas depois de comer aquele grão vermelho parecido com uma cereja. Então resolveram consumir também, inicialmente mastigando ou bebendo um fermentado alcoólico feito com o grão. Posteriormente, ele foi levado para a península Arábica, que se tornou a principal região produtora, consumidora e exportadora do grão, que ainda demorou bastante tempo a ser preparado da forma atual. Pela importância da bebida, ela era chamada de “kahwah”, que significa vinho em árabe, palavra que deu origem ao nome café. De lá também vem o nome da espécie “café arábica”, que é sinônimo de grão de qualidade, anunciado em destaque nas embalagens como “100% arábica”.
Atualmente o Brasil é o maior produtor mundial, também se destacando pela qualidade dos grãos, cada vez mais apreciados no exterior. E nossa Minas Gerais é o estado que mais produz, com aproximadamente 50% da safra nacional. Para se ter uma ideia da importância da nossa terra, para cada quatro xícaras de café tomadas no mundo, uma é feita com café mineiro! Ele é exportado para mais de 60 países e no quesito qualidade também está no topo da lista. Em recente torneio na Europa, entre dez cafés especiais selecionados do mundo todo, seis eram daqui. Basta entrar em um supermercado sofisticado de Paris para ver a valorização que o café mineiro tem tido lá fora, o que infelizmente ainda não ocorre por aqui como deveria.
O Sul de Minas é a região que mais se destaca, não só na qualidade, mas na quantidade, apesar de ser a cidade de Patrocínio, no Alto Paranaíba, o município que mais produz no país. O sul do estado, cujas características climáticas e geográficas são o diferencial, tem abraçado cada vez mais essa atividade, que não se restringe a plantar e vender o grão. Assim como outros produtos ligados à gastronomia, o café tem se tornado uma importante ferramenta de desenvolvimento do turismo. Já existem roteiros turísticos e agências que levam os turistas para conhecer as fazendas produtoras e, consequentemente, apreciar a belíssima região, a culinária etc., além de festivais, como o “Café com Música”, da charmosa cidade de Cristina. Exemplo a ser seguido pela nossa Resende Costa, que já passou, e muito, da hora de ter o seu grande “Festival do Artesanato”.
Voltando para a bebida, assim como já falamos da cerveja, o café também tem seu lado social, principalmente para nós mineiros. Ele é a desculpa para o de fora entrar pra cozinha, esticar a prosa e, claro, se deliciar com os acompanhamentos que aqui são muitos: queijo, broa de fubá, biscoito polvilho, pão de queijo e por aí vai. Portanto, o café está muito ligado ao jeito mineiro acolhedor e farturento de receber, uma das nossas grandes virtudes.
Todos nós temos a chamada “memória olfativa”, que nos faz remeter a uma situação do passado quando sentimos algum cheiro ou gosto. E uma memória das mais marcantes para mim é a do cheiro do café sendo torrado e depois moído, que me transporta imediatamente para a fazenda dos meus bisavós em Moeda, quando criança. Adorava ajudar a moer o grão no moinho velho e ficava intrigado com a força do cheiro da torrefação, que parecia subir quilômetros morro acima, perfumando até hoje aquele lugar.
Gostei muito da aparencia do prato.Vou preparar qq dia.Bjs.
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